grupo de empresários em reunião em uma sala aconchegante de cor laranja suave

Liderar é influenciar (e empresários que entendem isso saem na frente em 2026)

Por

Anthony Dias

29 de dez. de 2025

Liderar é influenciar (e empresários que entendem isso saem na frente em 2026)

Por

Anthony Dias

29 de dez. de 2025

grupo de empresários em reunião em uma sala aconchegante de cor laranja suave
grupo de empresários em reunião em uma sala aconchegante de cor laranja suave

Para o empresário que desenha suas metas para este novo ciclo de 2026, fica o alerta de que planilhas perfeitas não executam a si mesmas. A liderança moderna deixou de ser sobre impor autoridade pelo cargo e passou a ser sobre a capacidade de moldar comportamentos através da influência, engajando times que buscam propósito e saúde mental tanto quanto buscam salário.

A resolução de Ano Novo que falta na sua lista

É comum que o planejamento anual esteja recheado de metas financeiras, expansão de mercado e aquisição de tecnologia. No entanto, raramente se vê uma meta clara para o desenvolvimento da liderança.

Em 2026, a habilidade de gerir emoções e influenciar pessoas é o ativo mais valioso de uma organização. A tecnologia, incluindo a IA avançada, já commoditizou a execução técnica. O que sobra — e o que vale ouro — é a capacidade humana de conectar pontos e inspirar ação.

Investir no treinamento comportamental (soft skills) dos gestores não é mais "dinheiro jogado fora", mas uma estratégia de defesa patrimonial. Líderes despreparados são as maiores causas de processos trabalhistas e perda de talentos intelectuais. A sua primeira meta para este ano deve ser transformar chefes em influenciadores internos.

Liderança que renova pessoas e processos

A liderança contemporânea integra desenvolvimento humano com a eficiência dos processos, criando ambientes onde as pessoas prosperam. Em um espírito de renovação, como o do Ano Novo, essa abordagem convida a repensar práticas, fortalecendo a segurança psicológica e abrindo espaço para que a saúde mental seja um pilar, e não um obstáculo, para o crescimento coletivo.

Segurança psicológica como base da inovação

Se a sua equipe tem medo de lhe dar uma má notícia, sua empresa está cega. O conceito de segurança psicológica, amplamente estudado por Harvard e Google, deixa de ser uma pauta de RH para virar pauta de Conselho em 2026. Em um mercado volátil, a inovação só acontece onde o erro honesto é permitido. Quem tem medo não cria, apenas obedece.

Criar um ambiente seguro, onde as pessoas possam discordar e propor ideias sem medo de represálias, é a única forma de manter a agilidade do negócio. O líder influente não é aquele que tem todas as respostas, mas aquele que cria o espaço seguro para que as melhores perguntas sejam feitas. A cultura do silêncio é o câncer da produtividade moderna.

Resultados sustentáveis versus a queima de largada

A pressão por resultados imediatos muitas vezes leva ao burnout coletivo já no primeiro trimestre. A liderança contemporânea entende que o ano é uma maratona, não um tiro de cem metros. Resultados sustentáveis são aqueles que podem ser repetidos ano após ano sem destruir a equipe.

O empresário precisa calibrar a intensidade da cobrança. Espremer o time para bater a meta de janeiro a qualquer custo pode custar a performance do resto do ano. A gestão de energia da equipe é tão importante quanto a gestão do caixa. Líderes que influenciam sabem dosar o ritmo, garantindo que a equipe chegue inteira e motivada em dezembro de 2026.

A integração sutil entre pessoas e processos

Muitas empresas entram no novo ano prometendo "organizar a casa" com processos rígidos. O perigo mora em transformar a empresa em uma burocracia sem alma. A Liderança 6.0 propõe uma integração fluida: processos existem para servir as pessoas, não para escravizá-las.

O líder deve atuar como um arquiteto social, desenhando fluxos de trabalho que facilitem a colaboração em vez de criar silos. A tecnologia deve entrar para automatizar o repetitivo, libertando o humano para o relacional. Quando o processo é inteligente, ele se torna invisível, e o foco volta para a qualidade da entrega e a satisfação do cliente.

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O radar para a saúde mental como indicador de performance

Ignorar a saúde mental da equipe em 2026 é um erro financeiro. O absenteísmo e o presenteísmo (estar no trabalho mas não produzir) drenam bilhões da economia. O líder moderno precisa ter a sensibilidade de notar os sinais de exaustão antes que eles virem atestados médicos.

Não se trata de ser terapeuta, mas de ser humano. Perguntas simples como "como você está se sentindo?" e uma escuta ativa genuína geram uma lealdade que nenhum bônus compra.

Cuidar da mente do time é cuidar da capacidade produtiva da empresa. O networking interno fortalece essa rede de apoio, criando um tecido social resiliente contra as pressões do mercado.

Rumo à Liderança 6.0: sabedoria e tecnologia

Estamos transitando para o conceito de Liderança 6.0, onde a inteligência artificial é onipresente, mas a sabedoria humana é o diferencial. Esse novo líder usa dados para tomar decisões, mas usa a intuição e a ética para validá-las. Ele entende que seu papel é servir ao ecossistema, garantindo que o crescimento da empresa beneficie a todos os stakeholders.

Para 2026, o convite é para abandonar a postura de herói solitário e abraçar a postura de facilitador coletivo. Quem lidera pela influência constrói um legado; quem lidera apenas pelo poder, constrói apenas, e no máximo, um resultado de curto prazo.

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